segunda-feira, 23 de setembro de 2013

ENTREVISTA COM JOÃO BLOTA, O HOMEM QUE VENCEU A LUTA CONTRA O CRACK

O mundo das drogas é desesperador, um inferno. Só para quem convive com pessoas que são viciadas podem perceber que o uso de drogas não é tão inofensivo como alguns segmentos da indústria cultural e até movimentos pró-drogas querem nos passar. A droga não destrói somente o indivíduo viciado. Destrói também sua família e amigos. 
No começo, tudo parece diversão. Você vai numa festinha e vê seus amigos falando da “brisa louca”, do “bagulho da hora” que é dar um “teco num baseado”. Ou eles te falam também do barato que é cheirar algum produto que te dá a sensação de prazer, que te dá a capacidade de ficar na “nóia”. Você começa a usar, como se essas drogas não fossem causar nenhuma diferença na sua personalidade.
Você começa a se enturmar com os caras descolados, que te oferecem a droga. Se você não usa, passa a ser considerado um careta. Aí você começa a se influenciar pela indústria cultural. Se aquele rockeiro da minha banda favorita usava, por que eu não posso usar? Ele fazia músicas chapadas, muito loucas porque estava sob o efeito da maconha, ou da cocaína, ou da LSD e etc. Você começa a imaginar: “Que chapado seria ouvir um reggae estando na brisa!” Aliado ao incentivo corrompido da indústria cultural e dos “amigos”, você começa a dar uns “tecos”.
Aí você lê nos jornais que para se acabar com o crime é preciso descriminalizar o uso de drogas. Afinal de contas, há correntes de pensamentos que dizem que você é livre e pode usar o que quiser. Com a droga liberada, segundo essas correntes, não haveria o traficante, pois você encontraria a droga em qualquer comércio legalizado. Não haveria crime. Pois bem, esse pensamento parece muito inofensivo, mas como eu disse, é preciso conviver com pessoas que são livres para consumir, mas são escravas do consumo. São dependentes de produtos que lhes escravizam na alma, que lhes tiram o apetite, que lhes faz ficar violentas, que lhes faz sentir dor. Desse tipo de “liberdade” nenhuma corrente de pensamento pró-droga fala. Por isso conheceremos um pouco da vida de João Blota, o homem que venceu a luta contra o crack.
João Blota é autor do livro nóia, o poder tentador de nossas fraquezas. O livro é narrado em primeira pessoa, porém quem se encarregou de escrever as memórias de João Blota foi Rafael Junior. João Blota nos conta toda a sua vida, desde a infância até a vitória contra o vício. Foram 13 anos de uso contínuo dos mais variados tipos de drogas.
Nascido em janeiro de 1975, em São Paulo, João Blota começou a usar droga aos nove anos de idade. Por influência de um menino de 15 anos, cheirou benzina. Despejou um pouco do produto numa toalha e cheirou no banheiro. Gostou da sensação, da “nóia”. A partir da primeira experiência, começou a cheirar todos os dias. Como desculpa, pedia benzina para os familiares, dizendo que era para limpar cabeçotes de vídeo K7. Pronto, João poderia ficar na nóia quando quisesse e com uma boa justificativa: limpar os cabeçotes.
João não estava satisfeito. Queria experimentar outras drogas. Queria ser um viajante do mundo das “nóias”. Cheirava tudo pela frente, na busca de alucinações. No livro, João descreve as alucinações nos seus mínimos detalhes. Fala também da sua mudança de comportamento já no início do uso. Era um menino que vivia no banheiro e no quarto se drogando. Ele enfatiza também o vacilo da família, que não percebeu logo no início.
João foi evoluindo em relação ao uso das drogas, partindo dos produtos de limpeza, passando pela maconha, cocaína, álcool e muitas outras, até chegar na droga pela que se apaixonou: o crack. Fala também do cotidiano na escola, onde teve acesso aos “amigos” que o ajudaram no desenvolvimento da sua derrocada. Foi pela influência e contato com esses “amigos” que João teve acesso à “bocada” dos traficantes na favela, lugar onde passaria a fazer parte do seu cotidiano. Passou a trocar o dia pela noite. De dia, dormia e de noite ia para as festas em casas de jovens de classe média, onde o consumo de cocaína e demais drogas era liberado. Relata também como percebia o sumiço dos móveis dessas casas. Móveis trocados por drogas pelo dono.
Viciado em crack, João também passou a roubar pertences de casa para trocar na bocada. Nem roupas tinha mais. Começou a andar todo desleixado, com a aparência física deteriorada a cada dia. A família, a família imaginava que ele estivesse doente. Realmente estava, mas não era uma doença qualquer. Nem perceberam que ela já estava no fundo do poço, no inferno do mundo das drogas. A convivência com bandidos e viciados, fazia com que a morte estivesse presente o tempo todo. O livro é cheio de detalhes sobre esse inferno pelo qual João passou. Eu estou apenas fazendo um breve resumo. João escapou da morte em diversas ocasiões: perseguição policial, tiroteio na favela, arma que falhou ao ser disparada contra seu peito, rachas com o carro e etc. A vida de João era um inferno, mas ele não tinha forças para deixá-la.
João passava a noite com ratos nos becos, usando crack. Usava a droga em lugares escuros e nojentos, que fediam à merda e urina. Era um consumidor industrial da droga, fumando 40 pedras por dia.
Bom, você deve estar se perguntando como João conseguiu se livrar do mundo das drogas. A resposta: família. A família foi imprescindível para que João renascesse. Assim que sua mãe descobriu que ele era um viciado, ela comprou a briga. Passou por cima de tudo para salvar seu filho, inclusive estar ao lado dele enquanto se drogava. Ela ia na favela junto com o filho, com medo de que ele fosse morto pelos traficantes. A família de João, assim que descobriu, o abraçou. Ele passou por diversos tratamentos, ficou em clínicas, mas nada adiantava. Mas João também amava de mais sua família. Foi por causa desse amor que ele decidiu se mudar para uma cidadezinha do interior do Ceará e lá começou sua batalha contra a morte. Nessa parte do livro João nos fala do terror da abstinência, que é quando o corpo começa a doer pela falta da droga. Não só o corpo sofre, mas a mente também, com várias horas de alucinações. Lá no Ceará João ficou dois anos sob os cuidados de pessoas amáveis, que o abraçaram como um filho.

Como podemos perceber neste breve resumo, tudo começa como algo inofensivo e é aí que está o perigo. João começou cheirando benzina. Um simples produto de limpeza foi a porta de entrada para o inferno que viria a seguir. O livro também é cheio de dicas sobre como detectar o uso de drogas por filhos e alunos. João nos fala da mudança de comportamento e dos resquícios que os pais podem encontrar nos quartos, no carro, nas roupas e no corpo dos filhos. É um livro imprescindível para todos que estão envolvidos na luta contra as drogas. Agora vamos conversar com João Blota, o homem que venceu a luta contra o crack. A entrevista se deu pelo chat do facebook e foi devidamente autorizada pelo entrevistado. Ao final da entrevista, colocaremos a referência do livro, para quem quiser ter acesso a esta grande história de vida de um vencedor.  


DANILO SANTOS: João, primeiramente gostaria de agradecer pela entrevista que está me concedendo. Li seu livro e achei linda a sua história de vida, da qual podemos tirar muitas lições. É uma linda história de vida porque apesar de tantas coisas ruins que você passou por conta do contato com as drogas, podemos dizer que você conseguiu escrever um final feliz. Você conseguiu vencer a sua guerra contra o crack. Mas você ainda continua lutando essa guerra, mas agora para salvar outras pessoas que passam pelo mesmo que você passou. Agora você dá palestras de conscientização em várias instituições. Nesta sua luta, você já conseguiu ver resultados positivos, como por exemplo, pessoas deixarem de usar drogas após assistir a alguma palestra sua?
JOÃO BLOTA: Sim, certa vez estava realizando uma palestra com a Radio Jovem Pan e quando terminei, um garoto de aproximadamente 19 anos me procurou e disse que nao iria assistir à palestra, mas nao sabe porque resolveu ficar em vez de sair para fumar crack, e deu seu depoimento ao vivo na Jovem Pan dizendo que iria parar de usar drogas, pois a palestra mexeu muito com ele , principalmente quando falei sobre as mães. Nao sei se ele realmente parou,  mas naquele momento ele parou para pensar e isto faz uma grande direfença.
DANILO SANTOS: No seu livro, você deixou seu E-mail na orelha de capa. Após as vendas do livro muitas pessoas entraram em contato, como usuários ou familiares de usuários de drogas? E quando você lê esses e-mails você consegue perceber semelhanças com o seu passado?
JOÃO BLOTA:  Recebo muitos emails de todo o Brasil. São mães, pais, familiares e amigos pedindo socorro, querendo uma orientação. O problema das drogas só muda de endereço e personagem.
DANILO SANTOS: No livro você diz que encara a luta contra as drogas uma missão. Durante esses anos em que você está na luta, você já foi hostilizado publicamente por adeptos da legalização da maconha?
JOÃO BLOTA:   Realmente esta é a missao da minha vida. Talvez por isso nunca fui hostilizado. Não sou contra as drogas porque estudei, mas sim porque passei na pele e isto e muito forte.
DANILO SANTOS: Você considera o excesso de liberdade que os pais dão aos filhos uma das causas que levam crianças e adolescentes a entrarem no mundo das drogas? Quais as dicas que você dá aos pais e professores para que os mesmos possam detectar o problema antes que ele se torne crônico?
JOÃO BLOTA: Amor! Atenção! Estar presente no dia a dia, enfim, a droga sempre preenche os espacos vazios e se não houver espaço ela não entra!
DANILO SANTOS: Você considera o papel da religião um grande auxílio na luta contra as drogas?
JOÃO BLOTA: Não !Religião não! DEUS  sim, a única forma de combater a droga é AMOR, por isso a mãe dificilmente desiste do filho, pois não existe amor maior no mundo que o amor de uma mãe!
DANILO SANTOS: No livro você diz que o amor à família foi fundamental para que você deixasse o crack. Neste sentido, o que você tem a dizer para os familiares que sofrem por algum viciado em seu seio? O que você tem a dizer aos pais de filhos viciados?
JOÃO BLOTA: A família é o porto seguro que você pode voltar, o que posso dizer aos pais e que não abandonem seus filhos mesmo que tudo pareça perdido , e para os filhos viciados o que posso dizer é que no final você vai ver que sua mãe foi a única que ficou! Então pensa na sua mãe antes que seja tarde!
DANILO SANTOS: João, mais uma vez gostaria de agradecer por me ceder esta entrevista. Se você quiser deixar seus contatos para que os leitores interajam contigo, esteja á vontade. Seu livro é de grande ajuda para toda a sociedade. Muito obrigado!
JOÃO BLOTA: Danilo eu que agradeço esta oportunidade. Meu email é joao.blota@gmail.com e gostaria de dizer que sou eu quem agradeço cada pessoa que me procura, pois assim posso dar mais um passo na missão que Deus me  concedeu.

BIBLIOGRAFIA

BLOTA, João/ JÚNIOR, Rafael. Nóia- o poder tentador de nossas fraquezas. São Paulo/SP: Editora 300, 2009.


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

MEMÓRIAS DO BAIRRO DO CRUZEIRO- CAMANDUCAIA/MG (TCC COMPLETO PARA DOWNLOAD)

Finalmente tomei a decisão de disponibilizar a minha pesquisa integralmente neste blog. Após palestrar sobre a minha pesquisa em algumas escolas do município de Camanducaia, gostaria que todos os camanducaienses tenham acesso a este inédito trabalho. Para professores de História, ele é imprescindível em sala de aula. Para amantes do conhecimento, ele é imprescindível para o desenvolvimento de uma mentalidade mais crítica sobre a nossa cidade. 

No trabalho em questão, não abordei exclusivamente o bairro do Cruzeiro. Fui além. No capítulo I, faço uma análise crítica do desenvolvimento da memória oficial camanducaiense, indo buscar fontes do início do século XX. No caso, derrubamos alguns mitos que nos foram ensinados nas escolas, tais como aquela velha história de que Camanducaia era o símbolo do progresso e que tal progresso servia à coletividade municipal. Para derrubar este mito, apontei as incoerências dos próprios documentos oficiais, produzidos pelos memorialistas. Depois trouxe à tona versões e vozes até então silenciadas. 

No capítulo II analisei as narrativas de história de vida dos agentes sociais que viveram nas zonas rurais. Fiz uma análise da transição de uma economia de subsistência para a capitalista, abordando as mudanças de mentalidade e as relações de trabalho entre proprietários rurais e colonos. Neste sentido, contextualizamos as mudanças de conjunturas econômicas e sociais das décadas de 1950/60/70. Mudanças que levaram aos deslocamentos de trabalhadores rurais para o perímetro urbano. 

No capítulo III, analismos as narrativas de história de vida dos moradores que nasceram no bairro, confrontando tais narrativas com as dos moradores mais velhos. O capítulo em questão tem como principal objetivo a análise do conflito de gerações, no qual há uma luta silenciosa por uma identidade coletiva do grupo analisado. 

Abaixo, os links para o download.






segunda-feira, 2 de setembro de 2013

QUANDO A POLÍTICA SE TORNA EFETIVAMENTE PÚBLICA: o medo da classe política pela popularização da informação.

Camanducaia foi uma das cidades sul-mineiras em que podemos dizer que a imprensa teve seu auge. Foram dezenas, senão centenas de jornais já impressos por aqui, fato até lembrado pelo memorialista Benedito Silva Santos no seu livro "Fragmentos da História de Camanducaia." Sabemos da existência dos jornais que eram impressos aqui porque temos colecionadores de acervos que pesquisam sobre o tema, citando aqui o Sr. Jaime Pina, que está prestes a publicar um riquíssimo trabalho sobre o assunto. Para mim que sou historiador, um trabalho como o do Sr. Pina será de uma fundamental importância, principalmente para me aprofundar mais no entendimento das estruturas políticas em sua diversas temporalidades. Durante a minha pesquisa, tive pouco contato com materiais relacionados à informação pública, como jornais e periódicos. Muitos colecionadores restringem o acesso. Mas a pergunta é: desde quando a informação é pública?

Entendendo-se público como domínio de todos, será que as informações que partem do que se entende por "oficial" é de domínio coletivo? Logicamente que é público só na teoria. Vamos analisar o por que. 

Atualmente nós opinamos pelas redes sociais. Nós discutimos, xingamos, denunciamos e etc, porém para a classe política, só é válida a opinião que sai nos jornais. Só é válida a opinião que é oficial. Hoje, qualquer cidadão com acesso à internet pode criticar o vereador, o prefeito, o deputado, até o presidente da República. Se você tem o dom de opinar coerentemente, você é um perigo para aquele vereador que só opina no meio oficial. Se fosse na época em que o coronelismo vigorava, com certeza  seria um ótimo candidato a amanhecer com a boca cheia de formiga. Vamos fazer uma breve comparação do passado com o presente.

Na década de 1930, eclodiu em Camanducaia uma guerra entre duas famílias oligárquicas: os Dantas e os Escobar. Os Escobar mandaram efetivamente da primeira década até a década de 1930. Com a mudança conjuntural relacionada à Revolução de 1930, os Dantas começaram a ascender politicamente até derrotarem os Escobar em 1937. Neste período não havia Lei. Camanducaia era uma terra de ninguém. Pessoas eram assassinadas em praça pública por bandoleiros patrocinados pelos que hoje são considerados heróis segundo a História Oficial. O crime era oficial. A morte era pública. 

Neste período, haviam dois jornais nos quais situação e oposição se vociferavam reciprocamente: "A Defesa", dos Escobar, e a "Folha do Povo", dos Dantas. Fazendo uma analogia, podemos dizer que esses jornais era como o facebook de hoje. Era onde os políticos lavavam a roupa suja. Mas continuando na analogia, há uma pequena diferença: hoje qualquer um tem livre acesso de opinião, enquanto que naquela época, só quem tinha o poder nas mão podiam opinar. A maioria do povo era analfabeto e não votava. Quando um analfabeto votava, era por causa das fraudes eleitorais que originaram os currais eleitorais, ou porque aprendia a assinar o próprio nome. Portanto, se você vivesse naquela época e você fosse um analfabeto, sua opinião não faria diferença alguma. Você não teria a quem recorrer, a não ser à sua própria arma. Tenho algumas fontes aqui que não postarei no blog porque vou usá-las no mestrado, mas elas se referem a este período sem Lei em Camanducaia. O que vou postar, são alguns fragmentos do jornal "A Defesa" para que vocês tenham um pouco de noção de como era o controle da opinião e como era violenta a política camanducaiense. Num destes recortes, vocês poderão ver até a citação do nome de um capanga e constatar que até as praças públicas não eram tão públicas assim.

  

Como podemos notar, a informação não era pública e muito menos democrática. Os políticos apenas dava a sua versão dos fatos e ninguém mais além deles tinha poder em fazê-lo. O que podemos concluir, é que em Camanducaia nunca tivemos, ou pouco tivemos, liberdade de expressão. Os jornais, como sabemos, são patrocinados por comerciantes ou pelos próprios políticos. Portanto, sempre haverá uma mão invisível nas informações que você lê. Por isso há que se ter um raciocínio crítico ao analisar a linha editorial do jornal, a quem ele se destina, qual sua ideologia, quem o financia, quem ele exalta, em quem ele bate e etc. 

Neste sentido, com a tecnologia e a Globalização, o poder sobre a informação ficou mais descentralizado. Um blog como este, não precisa de nenhum patrocinador e não é alvo de nenhuma censura. Já os jornais, estão à mercê de perderem patrocínio, por isso os políticos temem a opinião que você dá nas redes sociais. Eles não podem fazer nada, por isso nem comentam, pois não querem gerar polêmicas que afetam sua imagem ou seu marketing político. Eles se sentem mais à vontade nos jornais, já que não é qualquer um que pode publicar artigos ou ter o direito de resposta. Aí é que começamos a entender o por que de suas opiniões serem exclusivamente oficiais. Se você quiser ser ouvido na Câmara de Vereadores, você tem que se inscrever dois dias antes e se tiver vaga, você tem direito a falar por 15 minutos. Só que qual é a força da sua opinião na Câmara? R: NENHUMA! Sabe por que? Porque você só meia dúzia de pessoas irão te ouvir. Neste sentido, ao não consegui difundir a sua crítica para um grande número de pessoas, sua opinião não afetará em nada a imagem de um político corrupto, por exemplo. Por isso sou totalmente favorável a uma maior descentralização informativa relacionada à política e aos políticos. Poderíamos pensar no caso de transmitirmos o áudio da reuniões ordinárias numa rádio local, por exemplo. O que devemos fazer, é pensar em um modo de tirarmos os políticos desta redoma em que vivem. Político que tem medo de rede social, não pode ser levado a sério, pois todos nós, independentemente de qual área profissional sejamos, devemos nos adaptar às mudanças. Eu uso o facebook para dar aulas particulares de História, por exemplo. Por que eu, enquanto vereador, não poderia responder às suas indagações pelo meio virtual? Se eu considerar válida exclusivamente a opinião que é dada na Câmara, eu com certeza parei no tempo. 

Bom, galera, não vou me estender mais porque não quero fazer um texto longo e complicado. O que quero que vocês entendam é que a informação é uma arma poderosa se bem usada. Não podemos mais permitir que continue sobrevivendo em Camanducaia uma mentalidade arcaica em relação à política. Abraços a todos!